A imagem da fachada da sede nacional do PT, localizada no centro de São Paulo, depredada ontem foi o retrato de um dilema enfrentado pelo partido.
Apesar do prejuízo, a legenda abafou o caso. Registrou um boletim de ocorrência, mas nenhuma nota oficial foi divulgada e os dirigentes evitaram o tema ao longo do dia. Além dos vidros quebrados, o partido também foge de qualquer tipo de manifestação, oficial ou paralela, sobre o reajuste das tarifas em si.
À frente da prefeitura, o PT de hoje tem um discurso diametralmente oposto ao PT de ontem. Quando a deputada Luiza Erundina era prefeita da capital no fim dos anos 80, o “passe livre” era a maior vitrine da sigla que se firmava no cenário nacional.
A utopia de ontem virou o pesadelo de hoje.(Pedro Venceslau
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