terça-feira, 10 de setembro de 2013

Moema Tinoco: mobilidade precária Publicação: 10 de Setembro de 2013 às 00:00

Ricélia Santiago - repórter
Buracos, falta de sinalização e acostamento, iluminação precária e insegurança são alguns dos obstáculos enfrentados diariamente pelos motoristas que trafegam  na avenida Moema Tinoco da Cunha Lima – que vai da estrada da Redinha até a BR-101. Com aproximadamente 6 km de extensão, a avenida é tomada por crateras que dificultam e até impossibilitam a mobilidade de veículos e pedestres, principalmente em dias de chuva. 
No trecho próximo ao cemitério do conjunto Pajuçara, o buraco aberto na via vira uma lagoa em época de chuva, transformando a travessia em um arriscado desafio. Muitos motoristas acabam optando por desviar  de percurso, no entanto as ruas adjacentes também se encontram em estado bastante precário. Devido à profundidade do buraco, é frequente que os carros que arriscam a travessia quebrem ao longo do obstáculo, principalmente à noite. 

Indignado, o fotógrafo Reinaldo Feitosa, afirma que os moradores do Conjunto Pajuçara não suportam mais “esperar” pela recuperação da Moema Tinoco. “Quem mora aqui na região e tem que dirigir diariamente pelo local sabe o quanto trafegar nessa via é perigoso, seja a responsabilidade do Governo ou do Município alguém tem que fazer alguma coisa - e rápido. Isso não pode continuar dessa forma”, diz o fotógrafo.

O mais grave é que, além da buraqueira e do iminente risco de acidentes, crianças ficam expostas diariamente dentro dos buracos para tentar conseguir alguns trocados. Elas se arriscam para orientar os motoristas durante a travessia indicando os pontos mais rasos do trecho. Segundo moradores do local, a situação vem se tornando insustentável com as últimas chuvas. 

“Além da buraqueira, a falta de acostamento prejudica muito a passagem dos veículos. Além disso, as rotas de desvio também estão em condições muito precárias”, diz o policial federal aposentado Luelson Paiva. O estado da Moema Tinoco, que é um dos principais corredores para se chegar à praia de Jenipabu, choca os turistas. “É lamentável que uma avenida tão importante esteja neste estado”, diz a dentista Valesca Rossana.

Explicações

Apesar da gravidade da situação o que se vê nas esfera administrativa é um “jogo de empurra”, entre o Governo do Estado e  a Prefeitura de Natal com  relação à drenagem e recuperação da via. Segundo o Secretário Municipal de Obras Públicas e Infraestrutura (Semopi), Tomaz Neto, a avenida Moema Tinoco é uma via estadual e por isso a drenagem e a pavimentação cabem  ao Governo. “A RN 304 (Moema Tinoco) é de responsabilidade do Estado, inclusive não se admite uma obra de pavimentação sem drenagem. Isso não é jogo de empurra, isso é questão de responsabilidade”, alega o secretário. 

Já Rafael Mendes, coordenador de Gestão da Secretaria de Infraestrutura (SIN), afirma que embora beneficiada pelo Pró-Transporte, a avenida Moema Tinoco é uma via municipal e, por isso, as obras de drenagem  são de responsabilidade da Prefeitura. Segundo ele, o Governo aguarda a liberação dos recursos pela Caixa Econômica Federal para dar início às obras do Pró-Transporte, orçado em R$ 88,2 milhões. O projeto beneficia 14 km de vias. Segundo o titular da Semopi, Tomaz Neto, existe um projeto de drenagem e pavimentação das vias adjacentes à avenida Moema Tinoco. O projeto, da ordem de R$ 300 milhões, se encontra sob análise do Ministério das Cidades e a previsão é que os recursos sejam liberados até o final do ano. 

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